quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Para (enfim) começar 2010

Que, passadas às correrias das compras, das arrumações, no vai-e-vem das múltiplas obrigações dos fins de cada ano, nós tenhamos um tempo para pensar, no silêncio, fazendo um balanço de mais uma etapa de vida, não apenas do que aconteceu na nossa família, na nossa cidade, no nosso planeta, mas do que vem acontecendo na vida de cada um de nós, nas nossas mentes, nos nossos corações, onde ninguém mais tem acesso, apenas cada um, quando faz o esforço e realmente o quer.

Parece mais fácil não pensar nisto que dizemos ser sério, mas não é. Viver com o automático ligado, sem responsabilidade, parece mais prático, mas também nos leva a um vazio tão grande, no fim das contas, que acaba por nos empurrar ladeira pra baixo até locais muitos escuros, em nós mesmos, de onde fica bem difícil, depois, sair.

Se acreditarmos que somos espíritos num corpo, precisamos ouvir as demandas de nossa alma, ouvir nossa consciência, seguir nossas intuições, ao invés de vivermos a copiar comportamentos da maioria, a satisfazer aos desejos dos outros em volta de nós, esquecendo-nos de nós mesmos...

Este nosso encontro com nosso Ser interno é prioritário, para que possamos nos orientar nesta vida de tantos caminhos e de tantos atalhos e encruzilhadas. Sem este contato constante, como poderemos saber o que fazer ou qual a atitude a tomar em cada situação? Quando resolvemos nos abrir com amigos, no momento de dúvidas, é bom, pois organizamos as idéias, ordenamos as diversas possibilidades que temos, mas só quando conversamos com nós mesmos, sem as máscaras, sem as camuflagens e a necessidade de agradar a quem quer que seja, é que ouvimos finalmente o como precisamos agir, naquele exato momento.
Para que isto aconteça - algo que deveria ser tão simples - precisamos em primeiro lugar nos comprometermos com esta busca de nós mesmos... Na certeza de que em nós está o começo e o fim, a felicidade e a real dor. E sabendo que o Amar a si mesmo a que se referiu Jesus, é na verdade o reconhecimento de que somos uma centelha divina plena de Amor, de Beleza, de Verdade, de Pureza, de tudo que é belo e justo.
Acreditando nisto, mesmo que possamos perceber que ainda estamos apartados deste núcleo luminoso, temos força para recomeçar o nosso trabalho prioritário de autoconhecimento, de respeito por nossa dimensão crística, de busca de aprimoramento de nossas emoções, pensamentos e atitudes.
Neste local tão íntimo se travam as verdadeiras batalhas da humanidade. É onde decidimos o que fazer e o que deixar para depois, como agir. É onde construímos a paz, ou iniciamos as guerras. É onde somos os vencedores, ou os vencidos... E ninguém enxerga nada disto, a não ser cada um de nós e Deus, nossos Guias pessoais e Jesus, nosso Guia planetário.

A busca da felicidade não se trava tanto fora de nós, mas é uma constante procura de conhecimento de nós mesmos. À medida em que nos apaziguamos interiormente com nossas consciências, somos também mais gentis com os outros, com todo aquele que está em nosso caminho.

Que este ano que chegou nos permita esta reflexão mais atenta: o que estou fazendo de minha vida? Para onde estou indo? Quais são as minhas prioridades, meus maiores sonhos? Onde está Deus, segundo a minha crença?

Porque mais um ano chegou, mais um ciclo que não voltará mais está se encerrando e estamos mais próximos de nossa partida deste plano material para outro... Será que sabemos para onde finalmente iremos?
Como podemos ter a certeza de que faremos, um dia, uma viagem solitária e não nos preparamos de forma alguma pra ela? Diz uma música popular que toda partida é sempre uma chegada... Para onde estamos indo? Chegamos neste planeta, sozinhos e vamos deixá-lo, um dia, da mesma forma.

Que 2010 nos possibilite ser mais lúcidos, mais conhecedores de nós mesmos, para que as ilusões da matéria não vivam a nos hipnotizar, tirando-nos a energia da busca prioritária da nossa felicidade! 

Um comentário:

  1. Olha Diana, eu não recomendo Auto-Análise pra ningúem não viu... é bem mais fácil manter o equilíbrio na corda bamba quando continuamos andando... Já pensou parar e olhar pra trás e pra baixo?

    O fato de uma pessoa enfrentar seus próprios demônios, não significa que ela vá supera-los. Quase na totalidade das vezes nós não superamos.

    Mas concordo com você que talvez esse seja o único caminho, a única esperança que resta. Que aprendamos a lidar com os noss demônios então.

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Comentaí, meu.