terça-feira, 1 de dezembro de 2009

2012, Cosmologia e Dr. Fantástico

Vira e mexe e o mundo está acabando. Em 1999 eu estava no meio da aula quando os colegas pararam tudo para a contagem regressiva. Acho que Nostradamus não errou não, as traduções e interpretações é que nos deixaram numa margem de erro de alguns séculos, coisa pouca.

Que será que nosso inconsciente coletivo quer dizer ao consciente individual com essa mania de apocalipse? Vamos morrer todos juntos - Estamos juntos até a morte? Até que seria fraternal. Mas, revire-se Jung no túmulo ou não, existe algo gritante a um palmo de nossos narizes: Nos acovardamos diante das mudanças que o mundo nos exige e preferimos a preguiça de esperar que tudo se acabe sozinho. Crianças fazendo birra: Se o mundo não for feliz como eu quero, então não brinco mais! Que se exploda!

O medo paralisante do desconhecido (o futuro) serve de chamada para mais uma história de desespero. Também acho o tema ótimo, mas o uso que se faz dele é muito (MUITO) melhor em Dr. Fantástico (Dr. Strangelove) de Stanley Kubrick (sim, cinema que preste dificilmente está nos cinemas, e mais dificilmente ainda nas locadoras) e até em Apocalipto, de Mel Gibson. Estes dois pelo menos mudam um tiquinho o modo de você ver a sua vida. Gente, não perca tempo com isto! O filme é cheio de efeitos especiais - depois de Matrix, que filme não é? - e nada mais. Você vai sair do cinema um pouco mais fotofóbico do que entrou, e só.

As profecias maias merecem meu mais absoluto respeito, mas acreditar que o mundo acaba em 2012 por isso força a amizade. Também me intriga o Antigo Egito, mas ninguém acha que Tutancamon  tornará a seu corpo mumificado.

Alguém aí é capaz de notar o mundo acabando a todo tempo para cada um de nós, e de uma maneira muito mais solitária e silenciosa do que cataclísmica? Morrer todos vamos, aliás, todos estamos, a vida se desgasta aos pouquinhos. Seja o fim do mundo o nosso fim pessoal, esperar que aconteça no mesmo momento para todos poderia congestionar o sistema da morte e tumultuar o juízo final.

Mas digamos que seja verdade, que a ressonância Schumann esteja se acelerando e em 2035 (mais 23 anos garantidos!) os pólos magnéticos do planeta se invertam e a rotação troque de sentido. A Terra pára e tudo que há nela será lançada para leste, por inércia. Morreremos instantaneamente. Aliás, nossos corpos de três dimensões morrerão, não necessariamente nós: Como a Terra se tornará um mundo de quarta dimensão, nossos corpos não podem ser formados da matéria como a conhecemos, seremos mais etéreos, uma semi-matéria fluídica. De algum modo já possuímos este corpo, mas para habitar exclusivamente nele temos antes que fortificá-lo, nos melhorando moralmente através da prática do amor.

Se você concorda, trate de ser menos materialista e não polua sua mente quântica com mais um filme bobo, doe a grana do ingresso para o UNICEF: http://www.doacaounicef.org.br ou salve os pandas pelo WWF: http://www.wwf.org.br/participe/doacao/.

Se você achou o que escrevi uma viagem absurda e quer saber oquê eu fumei, te digo que minha nóia teve a mesma origem da erva que inspirou os roteiristas do blockbuster.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkk muito bom viu... muito bom mesmo. eu já tinha perdido a fé na esperança - "fé na esperança" kkkk - de ver uma mulher com um discurso tão inteligente kkkk

    adorei o post, conseguiu juntar física, psicanalise, cinema e história antiga num único post.

    e ainda essa de UNICEF.. kkkkk genial, genial...
    fiquei até de bom humor depois dessa kkkkk

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Comentaí, meu.